Tinhas os olhos escuros, quase conseguia ver o teu interior. Vazio. Mas mesmo assim, sorriste-me. Lá fora a chuva marcava um ritmo frenético, e os trovões pareciam atravessar as janelas e as cortinas rendadas pela mamã. Aqueci chá sobre o teu olhar atento. Pediste mais açúcar do que o normal. Voltaste a sorrir e contaste os paços que dei até chegar à cabeceira da cama. Deitaste-te sobre as minha pernas, como se fossem o teu paraíso, e citaste histórias de amor que decoraste, histórias de amor com finais tristes.
Eu sou assim, um final triste. Afaguei-te o cabelo.
Tu és o meu final feliz.
Sem comentários:
Enviar um comentário