Riamos alto e falávamos do filme que ambos tínhamos visto na noite anterior, papéis azulados perdiam-se no meio da multidão que esperava apressada na fila para o café. Criavas histórias sobre as pessoas que iam entrando, troçavas da alma delas e da maneira como o seu respirar parece tão sufocante. Entrecalavas palavras com um gole na tua chávena e naquele momento éramos como duas vozes sumidas pelo café.
Eu gostava disso e da maneira como falávamos durante horas, sem nunca dizermos uma palavra. Tenho saudades tuas, sabes?

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