9.12.12

O relógio nunca esteve tão vivo como agora, não te vejo à semanas, mas parecem meses. Sinto-me tão doente, como se a minha alma pesasse, como se o vazio cansasse. Em cima da escrivaninha tenho comprimidos, chá, o afia lápis e tenho cigarros espalhados no edredon rosa velho. Observo a lua sentada no parapeito da minha janela e colho as margaridas brancas  meladas pelo orvalho, com o olhar, guardo-as numa caixinha perto do meu coração e quero dar-tas. Aqueço as mãos na chávena e deixo o meu palato aquecer todo o meu corpo, imagino-te a ti aqui, perto, óh tão perto. Admiro a maneira fria como passas por mim sem sequer sorrires, deveria ser assim comigo, mas enquanto existires o meu coração nunca vai congelar. Gostava que pensasses assim, gostava que me amasses, como eu a ti meu amor.

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